Eu gosto das noites frias, sentado ao relento olhando o céu
negro pintado de luzes.
Vagando em pensamentos eu vejo toda cidade iluminada aqui
de cima.
O amargo quente que sobe pela bomba e o som ao fundo
acalmam.
Eu gosto do frio, de vestir meus trapos e ficar sentado
olhando pra imensidão lá em baixo.
Saber que isso me faz lembrar coisas boas e ruins.
Sentir aquela sensação de arrepio por lembrar-se de um amor,
um momento marcante ou mesmo daquela conversa e da pessoa que se foi e que não voltará.
E no turbilhão de pensamentos os olhos ficam submersos.
“A vida é doce, depressa de mais”.
Racionais não por frieza, talvez por medo das consequências.
Mas “o que se faz com amor ultrapassa as barreiras do bem e
do mal”... O caminho com mais espinhos, com mais pedras, mas que nos torna mais
fortes e “quem um dia irá dizer que existe razão...”?